Para a Fecomércio RJ, a retirada do grau de investimento pela Standard & Poor’s há meses rondava o cenário doméstico, como resultado de uma série de decisões que minaram a saúde das contas públicas brasileiras nos últimos quatro anos.
Pelo desenrolar dos acontecimentos, esta será apenas a primeira das três principais agências internacionais de classificação de risco a tomar a decisão, o que exige uma resposta imediata no meio político nacional.
A despeito do estado deficitário das contas públicas, Congresso e Executivo continuam a aprovar despesas de custeio e manutenção da máquina governamental dissonantes dos nossos atuais desafios e procuram transferir a empresas e consumidores a solução – via novos aumentos de impostos.
A saída para o imbróglio passa necessariamente pela firmeza de propósito do governo em reduzir essas despesas, pelo aumento da eficiência do Setor Público, que não pode mais operar alheio às dificuldades vividas pelos brasileiros na economia real. Mesmo porque, de agora em diante, a perda do selo de bom pagador impactará não apenas o desempenho do governo, mas a vida de todos, por canais de transmissão capazes de elevar juros, inflação e desemprego.